COMO PREVENIR

EM CASA


• Evite deixar crianças e adolescentes sozinhos. Se você realmente precisar sair e não tiver com quem deixar seu filho, oriente-o a não abrir a porta para ninguém, mesmo que a pessoa insista que veio a seu mando para realizar algum serviço ou que você sofreu um acidente; 

• Se a criança ou adolescente não tiver como se comunicar com você por telefone, oriente-a a pedir ajuda dos vizinhos ou de pessoas que morem no seu bairro ou comunidade. Se houver telefone em casa, deixe o número de vizinhos, parentes e da polícia com seu filho e oriente-o a fazer uso deles em caso de necessidade.


• Estando em casa, não deixe a porta aberta e oriente seu filho a não tomar a iniciativa de abri-la para desconhecidos sem o seu consentimento; 

• Peça a um vizinho de sua confiança que cuide de seu filho caso não  encontre alguém disponível para essa tarefa; ou que observe sua residência quando você estiver fora e interceda, caso note a presença de pessoas estranhas; 

• Não deixe crianças brincando sozinhas na porta de casa, na rua, no condomínio ou na comunidade sem a fiscalização de um adulto. Faça um revezamento com seus vizinhos na tarefa de olhar as crianças. Se não tem com quem deixar seus filhos para trabalhar, procure creches públicas ou instituições que ofereçam projetos sociais direcionados a crianças e jovens; 

• Tire o RG (Registro de Identidade Civil) e CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do seu filho mesmo sendo ele menor de idade, e tenha sempre fotos atualizadas de seus filhos; 

• Em caso de separação ou divórcio, não tente subtrair seu filho da companhia de seu conjugue sem o seu consentimento. Por maior que seja o conflito com o seu parceiro/a, lembre-se que o maior prejudicado com a ausência de um dos pais é sempre a criança.

NA INTERNET

• Se o seu filho utiliza a internet, é conveniente que você saiba dominar as regras básicas de informática e segurança na rede. Ensine seu filho a usufruir a liberdade proporcionada pela internet com responsabilidade. Lembre-se: não adianta proibir! O melhor é orientar; 

• Procure tomar conhecimento das atividades do seu filho na internet, como os sites que ele frequenta e com quem ele costuma se relacionar virtualmente. Aconselhe-o a não passar particularidades de suas vidas e dos assuntos familiares para desconhecidos. Oriente-o sempre a tratar com cautela os amigos virtuais, não fornecendo telefone, endereço e dados pessoais nos primeiros contatos, e que não troquem fotos ou imagens através de e-mail, sites de relacionamento ou redes sociais como o Facebook. É recomendável que o adolescente use e-mails gratuitos para corresponder-se com amigos virtuais; 

• Ensine ao seu filho sobre os perigos dos encontros sem autorização da família. Os primeiros encontros devem acontecer em lugares movimentados, como lanchonetes e shoppings e com a presença de outros amigos que sejam da confiança do adolescente, e de preferência com a participação de um dos responsáveis; 

• A curiosidade natural que o adolescente tem em relação ao sexo é a isca preferida dos aliciadores. Converse, esclareça e eduque seu filho a respeito da sexualidade. Se não sabe como fazer, procure orientação de um especialista ou faça uso da vasta bibliografia existente sobre o assunto; 

• Fique atento às mudanças de comportamento dos jovens. Geralmente, as vítimas de aliciamento apresentam um comportamento padrão: horas na internet (não permitindo que os pais se aproximem do computador quando estão navegando), mudanças bruscas de humor, agressividade e queda no rendimento escolar. Desconfie do aumento no círculo de amizades e da vida social da criança, quando não compartilhado com a família.  Não hesite em procurar ajuda de um especialista se notar alguma  mudança no comportamento de seu filho;


• Fique atento para o perfil do aliciador: geralmente são caracterizados homens bonitos, jovens, articulados e com bom papo, que se utilizam da fragilidade do adolescente em conflito (com sua opção sexual, por exemplo), para atraí-los para a prostituição.

• O método de aliciamento varia, mas vai ao encontro de dois grandes elementos da atração: resolução de conflitos que o jovem tenha com a família, na escola ou consigo mesmo; ou o sonho de se tornar um artista famoso e/ou modelo de sucesso. O aliciador oferece uma vida totalmente livre, em contraponto à disciplina exigida pelos pais; ou proposta de sucesso fácil, totalmente fora dos parâmetros de vida de um profissional bem sucedido; 







• Não pense que estar em casa,  diante do computador, é mais seguro para o seu filho. Os aliciadores tiram o adolescente de casa com o próprio consentimento deles, pois atuam apelando para o lado emocional. A internet proporciona a entrada de todo o tipo de informação e de pessoas dentro da sua casa através da tela do computador. Por isso, não proíba ou restrinja o uso da internet, mas prepare seu filho para navegar com segurança, consciente da ética e dos cuidados que precisa ter, não só na rede, como na vida; 

• Procure sempre manter diálogos acerca das questões que mais  atraem e representam perigos para o adolescente, como amizades, namoros, sexo ou drogas.  Se não souber como fazer, procure orientação de um  profissional qualificado.

NA RUA


• A criança não deve sair sem a companhia de um adulto responsável. A maioria dos sequestros ocorre nos trajetos entre a casa e a escola ou quando a criança sai para fazer pequenas compras em comércios muito próximos de suas residências. Crianças que saem todos os dias no mesmo horário para a escola ou para um determinado comércio são facilmente monitoradas por sequestradores e se tornam alvos fáceis.  Se puder, procure revezar-se com seus parentes e vizinhos para levar as crianças à escola;

• É comum a mãe ou responsável recomendar que as  crianças saiam para a escola ou às compras acompanhadas de um irmão.  Pensa-se que, em dupla, elas estarão mais protegidas. Pelo contrário.  Crianças acompanhadas de irmãos são alvos fáceis para sequestradores, pois isso  significa que não existem adultos por perto; 


• Crianças e jovens devem ser orientadas a não aceitarem balas, presentes e dinheiro de desconhecidos. Fique atento se o seu filho aparecer em casa com um brinquedo que você não sabe a procedência;

• Oriente crianças e jovens a não aceitarem carona ou mesmo  fornecerem informações para motoristas e motociclistas.  Muitos sequestros acontecem durante essas situações; 

• Mesmo acompanhada dos pais ou de um adulto de sua confiança, a criança deve sempre portar uma identificação que conste o seu nome completo, endereço e telefone para contato. Ela deve ser orientada a procurar ajuda policial ou de um comerciante numa loja, caso se perca. A criança deve ser ensinada a não pedir ou aceitar ajuda de desconhecidos; 

• Ensine o seu filho a memorizar dados pessoais importantes, como o endereço, telefone e nome dos responsáveis; 



• Em locais públicos, como praias e shoppings, não perca a criança de vista. Combine um lugar de fácil acesso que funcione como um ponto de encontro caso vocês se percam. Para se prevenir, caso isso venha a acontecer, deixe seu filho ciente a pedir ajuda somente a policiais, salva  vidas, seguranças uniformizados e comerciantes das lojas, nunca a desconhecidos, por mais simpáticos que sejam;

• A adolescência é a fase em que seu filho necessita e solicita lazer e convivência social. Prepare-se junto ao seu filho para essa fase. Permita uma liberdade embasada de responsabilidade e limites. Para isso, procure  conhecer os amigos e familiares dos amigos do seu filho. Visite antecipadamente os locais que ele deseja frequentar, a fim de fornecer orientações mais precisas sobre questões de comportamento e segurança. Reveze-se com os outros pais para levá-los e buscá-los nos locais de lazer e alerte os adolescentes e jovens para os perigos que eles podem encontrar nas ruas, relacionado à violência urbana, bebidas, sexo e drogas; 


• Procure se atualizar sobre o assunto e mantenha seu filho muito bem informado. Leve-o para visitar instituições e abrigos que tratam jovens dependentes químicos para que ele se esclareça sobre os efeitos nocivos da droga. Procure a orientação de professores, conselho tutelar e instituições que realizam trabalhos sociais com crianças e jovens; 

• O deficiente psíquico não deve circular desacompanhado sob nenhuma circunstância e deve sempre ter uma ficha de identificação contendo seus dados pessoais, endereço e telefone de sua residência e da instituição onde se trata; 




• Caso observe menores desacompanhados na rua, idosos ou portadores de necessidades especiais que pareçam perdidos ou em dificuldades, peça ajuda policial; 

• Crianças e jovens em situação de abandono nas ruas, vendendo balas ou mendigando podem estar sendo exploradas por terceiros. Não dê esmolas ou compre produtos destes menores. Você fará mais por eles se informar ao Conselho Tutelar as características físicas da criança e o local onde ela se encontra. Fixe a imagem delas em sua mente e compare com fotos de crianças desaparecidas; 





• Anote a placa de motociclistas, motoristas e caminhoneiros que você constatar que está oferecendo ou dando carona para crianças e jovens nas estradas e comunique imediatamente à polícia; 

• Em se tratando de bebês e recém nascidos, jamais peça ajuda a  desconhecidos para ir ao banheiro, ou mesmo que segure a criança por um momento. Se um motorista lhe solicitar indicações de trajeto nas ruas, não se aproxime demais do carro com a criança, principalmente se o motorista estiver acompanhado de outra pessoa no banco do carona.
NA ESCOLA


Procure conhecer a escola do seu filho e manter contato com professores e demais educadores. Certifique-se sobre questões relacionadas à vigilância e segurança no período em que ele fica no recreio; 

• Avise ao professor antecipadamente quando seu filho precisar faltar à aula e peça para ser avisado caso ocorra uma falta sem que você tenha sido avisado; 

• Não deixe de comparecer as reuniões de pais. Acompanhe tudo o que diz respeito à vida escolar de seu filho; 

• Avise quem está autorizado a buscar seu filho na escola e deixe claro que ninguém pode retirá-lo do colégio sem que esteja  devidamente autorizado por você;

• Oriente seu filho a esperá-lo dentro do prédio da escola e para jamais ir para a casa sozinho caso você se atrase. Alerte para não aceite a  companhia de pessoas que ele conheça visualmente e que lhe ofereçam ajuda. Muitos sequestradores se tornam pessoas familiares para as crianças, pois costumam ficar nas portas das escolas se fazendo passar por pais que esperam os filhos. Alguns convencem as crianças a acompanhá-los inventando que seus pais sofreram um acidente; 

• Observe o ambiente em torno da escola de seu filho e repare se existem adultos desacompanhados que estão sempre próximos ao portão ou se alguém está fotografando os alunos. Comunique qualquer fato  suspeito à direção da escola ou à polícia.
NA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA


• Não permita que seus filhos brinquem sozinhos ou acompanhados de outras crianças no pátio das instituições religiosas enquanto você está no culto. Muitos sequestradores aproveitam esses momentos  para agirem; 

• Certifique-se da idoneidade da pessoa que se aproxima de seu filho. Muitos sequestradores se fazem passar por religiosos para monitorar a vida de sua família e conhecer os hábitos de suas crianças. Por isso, só confie seu filho a pessoas que você conheça muito bem.

NA MATERNIDADE

Após escolher a maternidade, certifique-se se o hospital mantém o controle de fluxo de pessoal em todas as entradas e saídas das alas  destinadas à maternidade;


• Exija a informação do destino do seu bebê, no caso do recém-nascido não se encontrar no berçário, ou acompanhá-lo a outro local do estabelecimento hospitalar quando sua remoção se fizer necessária para fins de  atendimento médico; 

• A chefia de enfermagem deve informar às mães antes da ida para o aleitamento dos recém-nascidos sobre os únicos profissionais  autorizados a retirá-los de seu convívio.  A remoção poderá ser feita somente por  profissionais do estabelecimento, devidamente identificados pelo respectivo crachá.


RECORTE, PLASTIFIQUE, E FIXE NA ROUPA DE SEU FILHO